segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Sobre o fluxo - Mestre Serapis Bey




Queridos irmãos!

A cada momento que retornamos uma alegria imensa nos preenche. É sempre uma oportunidade de termos um contato mais próximo. Ao lerem essas palavras é como se, por um momento, nossas energias interagissem com maior intensidade em amor, porque esses textos os abrem a nos receber, para que possamos nos aproximar.


Eu vos agradeço, irmãos, pela fé com que se debruçam sobre essas cartas. São momentos magníficos de expansão de sua consciência espiritual. Não que não existam outras maneiras de obter esse resultado, mas aqui temos sempre uma ótima oportunidade.

Então viemos a lhes dizer sobre o fluxo. O fluxo da vida, das emoções, dos sentimentos, das experiências. Sobre o fluir de seus enfrentamentos pessoais. E traremos uma lição que é fruto da observação da natureza, pois ela está a nos ensinar o fluir porque a natureza, muitas vezes nos ensina e nos mostra como é o viver. Observá-la é uma porta para grandes lições de sabedoria.

Parem, assim, a observar a foz de um grande rio ao encontro do mar. Há ali uma constante interação entre o rio e o oceano. Esse último, muito maior. Então porque o oceano não invade o menor, o rio, com toda sua força e grandiosidade? Eu lhes digo: porque há uma interação fluida entre ambos.

Se observarmos o rio em sua nascente, teremos a impressão que ele estará a fluir de forma constante. É assim que o veem sob sua perspectiva. Mas, em sua foz, o fenômeno das marés, em interação com sua lua e a movimentação de seu planeta e tudo o mais, controla o escoamento desse rio.

Na maré alta, o mar invade o rio dificultando momentaneamente seu escoamento. A força que o mar exerce sobre o rio nesse período dificulta seu fluir, mas logo em seguida, com a maré baixa essa pressão se ameniza, então o rio volta ao seu fluxo normal. Então o rio flui em diferentes velocidades ao longo do dia, porque em sua foz há o oceano que dita seu ritmo.

Esse rio segue seu trajeto, ora escoando, ora retornando com a força do mar e haverá até mesmo alguns momentos de equilíbrio entre o mar e o rio, que se caracterizará por uma suavidade nas águas. Como se, por um breve momento, o mundo daquele rio estivesse paralisado em seu pulsar.

Assim é a vida: ora fluirão em grande velocidade; por outros momentos, sofrerão grandes pressões a ponto de retornar alguns passos. Haverá momentos de momentânea calmaria, onde nada parece se movimentar. Assim flui a vida também.

Então viemos a lhes trazer um novo conjunto de ensinamentos sagrados, sobre o fluxo natural da vida. Como é o fluir dos sentimentos, das emoções e das experiências. Dizemos sobre o processo de vivenciar esse fluxo em direção ao oceano, ao retorno à Luz da criação porque apesar de haver um fluxo natural, vocês muitas vezes impedem esse fluir, não seguindo o exemplo da natureza que flui junto à vida. O rio não luta contra o oceano, porque não possui força para isso. Há a lua, a maré, toda força gravitacional da Terra e do sistema solar a ditar seu fluxo, então ele aguarda o momento adequado da criação, para que seu fluxo se dê novamente.

Não dizemos isso para que permaneçam inertes, mas, sim, que compreendam que algumas situações devem ser vivenciadas como lhes são entregues. Vocês devem se atentar e seguir os sinais que a vida lhes traz.

Muitas vezes as experiências lhes são apresentadas, então vocês começam a lutar contra aquilo, sem antes compreender porque ela está sendo vivenciada daquela maneira.

Vamos lhes dar uma história muito simples, mas que devem expandi-la às demais experiências. Usem de sua percepção!
Havia um fruto que estava sobre o oceano e ele foi trazido até a margem, pelas ondas, até a areia da praia. Uma pessoa que estava a passar lhe deu um leve empurrão, para que ele retornasse ao oceano. Mas a vida insistiu e com uma nova onda trouxe novamente aquele fruto ao mesmo local que se encontrava. Ali havia um sinal da vida para que o fruto fosse deixado naquele lugar, na areia. Essa pessoa tentou, mas os sinais lhe mostraram que aquele não era o fluxo da vida, pois a situação voltou à sua condição de origem. Foi lhe trazido um sinal de que aquela experiência deveria ser vivenciada como estava sendo apresentada.
Mas vocês não aceitam esse sinal, porque muitas vezes não percebem que não há apenas sua vontade envolvida, mas de toda a criação. Então vocês lutam e sofrem com situações que estão em sua vida justamente para lhes ensinar o fluxo da vida. Vocês tentam novamente arremessar o fruto ao mar, ainda que não tenha controle sobre o destino dele. Precisam entender que se movimentaram uma situação, e o esforço foi em vão, é porque há algo mais ali a ser aprendido. Foi a força da criação que os trouxe àquela experiência. Cabe, então, a vocês, vivencia-la em paz.

Mas, não! Vocês ficam o tempo todo a classificar as experiências como certas, erradas, boas ou ruins. E se esquecem que “todas são experiências”. Vejam só! Vocês já vivenciaram tantas experiências! Muitas vocês as esqueceram porque elas passaram por vocês. Outras, porém, os marcaram profundamente e vocês, então, retornam àquela situação durante meses, muitas vezes, anos. Sempre que isso ocorre, vocês bloqueiam, travam o fluir, dificultam e deixam de aceitar aquela experiência como lhes foi entregue. Então vocês começam a luta contra aquela situação. Vocês se desgastam, se cansam, até que, em um determinado momento, a exaustão os conduz à entrega.

Nesse determinado momento, o desgaste está tão grande, que vocês interrompem a luta e passam a aceitar a situação. Aquilo lhes traz paz e um breve dia vocês percebem que aquela experiência não está mais a se repetir como antes. É como se o rio percebesse que não possui força para movimentar o mar, então ele passa a aguardar a maré baixa para fluir novamente.

Entendam, amados, que as experiências vem e devem ir. Mas enquanto estiverem sendo vivenciadas devem o ser com aceitação, dentro do fluir, seguindo os sinais da vida, assim como faz o rio, assim como lhe mostrou o mar na relação com o fruto. Quando a criação fluir, a experiência será liberada da sua vida, porque ela perdeu sua função. Vocês são, sim, criadores, mas co-criadores por não criarem sozinhos, ou seja, não existe apenas o seu querer, mas um fluxo natural que os conduzirá ao seu caminho, para que vivenciem o que precisam experimentar na fisicalidade. Trata-se de uma lei espiritual.

Não tentem devolver o fruto ao mar repetidas vezes, lutar contra a maré, quando a criação der o sinal de que não devem fazer, pois vocês realizariam um esforço para modificar algo que foi concebido daquela forma. Então, se vocês aceitam que aquela é a posição daquela experiência e não lutam contra ela, a experiência é vivenciada com uma consciência espiritual em um plano terrestre.
Observem essa lei em suas vidas e vivam o fluxo natural de sua existência, procurando o sentido da vida, das experiências, buscando sua evolução. E entendam as experiências nesse fluxo natural. Vocês sentirão um grande alívio em sua existência, como sentem agora, ao tomarem contato com essa forma de se ver a vida.
Eu sou mestre Serapis Bey e agradeço por terem seguido seu fluxo, pois ao se encontrarem no local que tinham que estar e vivenciando as experiências que tinha que experimentar, puderam tomar contato com nossas energias e com essas lições da natureza ou da vida.

Com todo meu amor.

Serapis Bey.

Canal: Thiago Strapasson – dia 29/02/2016

Revisão de texto: Solange Yabushita

fonte: http://coracaoavatar.blog.br/

Um comentário:

  1. A onda do mar desfaz-se no mar
    Eu sou a onda
    Faz de mim o mar
    Eu sou a onda faz de mim o mar
    Yogananda

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