terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O velho ano novo – Mestre El Morya


Quantos percalços alimentam aqueles que não se despiram do juízo de valor quando ao certo e errado, entre o novo e o velho, e atraem para si as experiências de desilusão da vida. Pois mais fácil seria se, a partir da aceitação, a bruma que cerra os olhos se desfizesse, quando poderiam compreender o amor que arde nos olhos dos que já não alimentam a esperança ou guardam lembranças do passado.


O amor daqueles que se mantém presentes, apoiados em seus corações, e que compreendem que tudo se transforma segundo a vontade divina de tudo que há, e que assim se mantém apoiados na vibração do agora. Esses não paralisam o processo pela ansiedade sobre aquilo que será do futuro, mas também não temem repetir os erros do passado. São os libertos que conseguem visualizar tudo que há no agora e que alimentam a gratidão do coração por esse momento.

Vocês todos passam por esse momento de divisão, entre o ano que se foi e aquele que chega. E nesse momento muitas esperanças são postas diante dos olhos desesperançosos que voltam ao passado.

Mas saibam, meus irmãos, que tanto a esperança do futuro quanto a desesperança do passado são nada mais que momentos quânticos que se deslocam no tempo. E não há nada que possa os separar desses dois momentos, porque o corpo se encontra no presente e nele nada se modifica.

O vento bate aos olhos no agora, assim como o sol os aquece com o calor ou molha o corpo com as águas do verão. Fora disso são projeções silenciosas que nada dizem sobre o que representam nesse exato momento. Se pudessem visualizar a mágica desse momento saberiam que os alicerces são fixados na vigília da vibração presente e que, fora desse instante, possuem apenas representações que poderão ou não os conduzir à decepção quanto ao que esperavam.  

Meus amados, os incautos que se vangloriam quanto aquilo que fizeram ou farão são justamente os que ainda são incapazes de simplesmente permitir o presente a fluir. Ficam a todo tempo projetando a sensação de esperança quando ao futuro porque no fundo não aprenderam a viver no presente, ou se ressentem do passado porque, da mesma maneira, não aprenderam a respeitá-lo.

Mas dos alicerces que se formam nesses tempos poderão aprender justamente a estar presente diante daquilo que são. Ainda que isso seja o nada, pois do nada tudo podemos se não nutrimos expectativas quanto ao futuro, ou rancor quanto ao passado.

E muitas vezes a vida nos traz momentos de simples reflexão, onde precisamos parar justamente para nos mantermos presentes em nosso coração. Deste momento mágico saíra a vibração necessária que alimentará um futuro glorioso de amor e compaixão por todos aqueles que muitas vezes se colocam em nosso caminho como obstáculos a progredirmos.

Saibam que a esperança daqueles que estão a aguardar o novo refletem a desilusão com o presente, mas aqueles que transcenderam o próprio tempo são aqueles que buscam apenas estar bem no agora. E estar bem no agora muitas vezes demanda decisões ásperas ou duras, porque são elas que podem nos garantiram a paz.

Assim nasce a compaixão, a partir da irradiação do amor presente. A compaixão não é feita de elementos programados, mas está guardada no coração que vive o presente a cada momento, que se expande a irradiar o próximo e estender a mão da solidariedade desinteressada. Aquele que programa mentalmente sua compaixão se afasta dela, porque não age a partir do sublime sentimento que transborda do coração a elevar o mundo de amor.

Meus filhos, vocês todos chegam a um momento que precisam compreender algo tão simples, a mágica de simplesmente viver o presente como ele se apresenta, sem expectativas e ansiedade, sem esperar nada, mas apenas trabalhando em prol do amor a todos.

E não há nada de errado em simplesmente permanecer silente diante da morbidade com que a grande maioria das pessoas vive sua vida, projetando elementos que virão de maneira inesperada a tocar os corações inquietos de rancor ou cheio de expectativas quando ao novo que brotará das estranhas do agora.

Hoje o caminho se abre, hoje ele nasce e nada os retira dessa situação. Apenas, portanto, vivam os elementos mágicos que o presente os traz e permitam que a paz os tome. Tudo aquilo que fizeram ou que farão já não existe, senão na mente inquieta que transige em olhar ao lado para refletir sobre a quantidade de oportunidade que a vida apresenta.

O ano novo não se inicia dia primeiro, mas ele se inicia no próximo minuto, na próxima respiração. Ele está no sorriso ou na lágrima da agora. Assim fazemos o ano novo como um ano de amor e prosperidade, vivendo a vida a partir desse olhar do agora, de sentir a vibração do corpo e saber a partir dessa sensação se manter em paz e amor.

Estejam em paz, Filhos, todos vocês.

Sou El Morya

Canal: Thiago Strapasson - 19/12/2017



Um comentário:

  1. GRATIDÃO É TUDO QUE TENHO E POSSO DIZER, AOS MESTRES DO MEU AMOR POR PARTICIPAR DESSA PAGINA MARAVILHOSA!

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